segunda-feira, dezembro 21, 2009

Mundo azul, mundo de borboleta

Não te liguei. Mesmo depois de ter dito milhões de vezes que hoje era o teu dia, que ia falar contigo durante horas e horas a fio... Mesmo depois de ter dito mais umas milhões de vezes que hoje ia ter contigo aí, ao teu mundo azul. Imagina uma caixinha com tudo o que vivemos lá dentro, imagina-te a escancarar essas vivências na direcção deste nosso céu azul-mar. Imagina-te a respirar, por fim, a respirar o que viveste, a sentirmos a vida como ela foi. A sentirmo-nos vivas! Ter a coragem digna de esvaziar essa caixinha, e não ter medo de imaginar o seu futuro preenchimento. Ser inteligente e criativa ao ponto de controlar esse futuro da maneira que mais nos faz feliz. Voar, verbo vivo em ti, asas leves filhas de árvore e sóis melódicos.



Borboleta da ponta do dia até à ponta da noite.



Com asa de borboleta nasceu a primeira palavra amarela. (mas) para dizer «amarela» convém ter a boca suja de terra. para assistir ao nascimento de uma palavra convém esperar dentro do chão. para esperar dentro de um chão convém já conhecer uma borboleta - para saber perguntar o caminho das suas asas.

ONDJAKI

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