segunda-feira, agosto 20, 2012

Para escrever mais

A perda da ingenuidade ganha-se com o medo. Salta-me a manhã para os braços e arrepia-me o pêlo.

segunda-feira, agosto 13, 2012

Aos que suspendem, desuspendam-se.


Que fazemos parte de uma coisa redonda suspensa. Que somos suspensos. É um dado adquirido, não temos nada debaixo dos pés.

-Fazes o quê com os pés?

Pergunta-me, o sorriso é uma televisão que emite canais, frequências, os olhos ardem se se olha por muito tempo. E por muias horas suspensos, essa bola redonda, esse seu centro, que não é o centro do vazio, suspende-se debaixo dos teus pés. Aptece-me dizer-te que sou a tua mochila e que tu és a minha mochila, e que somos humanos que dormem como mochilas.

E se um cão morre. Um cão morre e não consegue falar sobre isso. Custa-me mais por isso. É outro tipo de linguagem; as pernas são quatro, não podem ser só duas. Eis a condição canina.

Não quero ser geral. Quero estar nas entradas pequeninas dos pormenores.

-Guardas o documento? Desejas salvá-lo?

Estar no atento, ser atento. Não quero estar na "big picture".