segunda-feira, outubro 19, 2009

Chama-lhe uma colagem

Olá cara sorridente!

Apeteceram-me estas fotos
Hoje
Apeteceu-me esse teu sorriso!






Tive cá um desejo de pintar
Hoje
Sujar
Dessarrumar
Colorir tudo e todos contigo!






Tive cá uma vontade enorme
Hoje
De te fazer uma festinha nessa mão pequenina
Azulada!




Tive cá um sentimento
Hoje
Quero
saltar contigo para esta foto
E
ser um só com as nossas aguarelas
Ser a própria aguarela!!!



E acabarmos assim!
Sorridentes
No meio de cartas do
Uno
De um café
De
pastas de artistas
De estojos cheios cheios de ideias
De caderninhos voadores
De lápis saltitantes
E pincéis
viajantes!
Hoje.
(E tirando hoje é todos os dias
que me
apetece
que tenho um
desejo
que tenho uma
vontade
que tenho um sentimento,teu,
de
estar contigo e ser contigo!)

:)
HOJE

segunda-feira, outubro 12, 2009

E mais um esboço


CartaNorte
Sobresplandecênciaditamcameralentajá
Astuta
Trouxesse

Garota
Descabeladonomeiasorrisosorrirventobrisarecebe-lasjeitossedentosfirmamentoembarcaste
Ténuecamera

Carta ao Norte

Já nem me lembro por onde ia começar.
Lá fora na rua no autocarro sob o sol
sei as palavras,
e o meu olhar é uma camêra daquelas
que amplia e foca toda a beleza da vida.


Já são raros esses momentos, mas chama-se carrossel
de cada vez que caminho com as folhas
com o doce vento,
quase que posso jurar ouvir-te na dança das árvores,
e de cada vez que lá meto um pé à frente do outro
desejo que a brisa te trouxesse para ali, para o deserto,
quem sabe para o silêncio das frases.

Sentir o teu sorriso, é sentir-me criança.
menina pirralha que sorri
corre e suja a saia
gaiata que cai,
emoldurada pelo seu cabelo desgrenhado,
acho que é isso que te nomeia
a tua e só tua maneira de rir,
uma contracção dos músculos faciais acriançado.
como me sentia leve de cada vez que sorrias.
Ou quando me estendias a mão
Ou quando escrevias do meu lado,
encostada ao meu ombro.
Mas é o teu ser com capacidade de erguer
prédios e mundos que me fascina.


Oh sim, eu era leve contigo.

A cidade continua a mesma.
Corre agora um sopro de verão
E os autocarros continuam a dar as mesmas voltas
E o chão continua o mesmo, cansado
de aparar as quedas de outros.
Continua a mesma,
Mas uns dizem que mudou
Que o inesperado se concretizou,
se calhar é verdade, quem me dera que visses;
Quem não sabia ouvir já vai a concertos
Quem não sabia como ir já não tem mapas
Quem não sabia quem era quem
Continua sem saber se um dia foi alguém.

E quando me oferecias palavras?
Embrulhadas nas tuas frágeis mãos
atadas com laços imperfeitos,
como eu as amava
recebe-las em teu jeito,
que tu consideravas descoordenado
ao ponto de serem tolos todos os teus traços.
Caramba,
sempre tiveste queda
para não acreditares nos teus passos.

Os relógios também continuam iguais,
ora lentos ora sedentos

desmarcam-me o firmamento onde me sustento
um pouco inquieta.
Já me meti num comboio pela primeira vez
não te vi na estação, curiosamente,
foste de avião ou escolheste voar pela tua mente?
Tornei-me desarrumada e a minha relação com os horários
permanece igual, sempre despreocupada
ou talvez atrasada, isto já sabes...
E tu?
Quem tens pintado, por que novas voltas embarcaste?
Que bilhetes criaste?
Quantas vezes já gritaste e choraste de tanto rir
e deste cambalhotas e dançaste no meio da rua
e ouviste o que ninguém foi capaz de ouvir??

Gostava mesmo de te abraçar,
Borboleta do meu Norte
meu guia
minha paz.

Não há um único dia
que não apareças a esvoaçar em meu redor,
branca, ténue.

Não há um único dia que não voes em mim.


Até já