sábado, julho 23, 2011

domingo, julho 03, 2011

Cardume

Pergunto-me se é proíbido andar com emoções objectivas nas mãos, mostrá-las a toda a gente num vaivém hilariante a ver se encontro restos de mim em ti. Construo um santuário de fotos, das mesmas que encontrei na última parteleira do móvel dourado, quando as puxei do saco velho caí para trás. A força da gravidade não se compara, de facto, à força do medo que antecede aquele micro segundo em que sabemos que vamos encontrar algo precioso. Já te posso falar de muitas coisas. Já te posso falar do que sei de ti. Imito a tua respiração no cadeirão. É mais lenta que a minha, e guardo as fotos como um tique nervoso que me acalma. Não sei se será conveniente andar por aí a mostrá-las, será nostálgico, pergunto-me.