segunda-feira, julho 12, 2010

Bilhete azul 111

 Sóis verdes existem de verdade falcão. E sendo assim, nada é impossível.

quarta-feira, julho 07, 2010

Nº53



















"... a felicidade, tal como o sucesso, também se constrói. Mas com outras «ferramentas». A primeira, com «armas» bem mais simples e ao alcance de todos. E esta é uma boa notícia. Ser HAPPY depende do nosso estado de espírito e da forma como interiorizamos aquilo que nos acontece, aceitando também as emoções negativas (medo, ansiedade, tristeza... ), como parte do bolo de que somos feitos. A capacidade de simplificar e de tirar partido de pequenas coisas  da vida como estar com os amigos, saborear um pôr-do-sol na praia, sentir o entusiasmo que os nossos filhos põem num concerto de rock e sentirmo-nos gratos por termos estes pequenos «mimos» que dão sabor à nossa vida... Acredito que o maior equívoco que cometemos é procurar a felicidade no lugar errado. E esquecermo-nos que a felicidade é contagiante. Como dizia a actriz Sharon Stone numa entrevista, um dos exercícios que faz, para manter o seu lado HAPPY, é afastar-se de pessoas «tóxicas», que nunca estão satisfeitas com nada, nem com ninguém... E procurar conviver com pessoas alegres. "
 Carla Ramos, Directora, in Happy Woman nº53 Julho 2010.

Today must be a happy day

se foram os recortes e as frases happy. É preciso reabastecer o stock. Porque é que eu compro revistas que são happy, simplesmente porque são happy, não tanto pelo conteúdo, não obrigatoriamente para as ler, mas sim pelo HAPPY a negrito na capa, para depois chegar a casa e desatar a recortá-las todas, numa composição toda happy? Have no ideia, é um ritual que me inspira.


Portanto, e por isto mesmo, vou sair agora de casa, comprar a revista Happy, e gritar para mim mesma:

!!!

terça-feira, julho 06, 2010

Os espantalhos também sonham

O vento dá-me vida, mas não me dá o que quero. Queria ser pássaro e assim poder morar nas nuvens. Queria ser voo, mas o vento não me leva com ele. O meu nome é... espantalho. Desculpem a hesitação é que não sei quem são meus pais, logo não sei o meu nome,  de vez em quando espanto pardais e afago borboletas, gosto de pensar que o mar e o céu me adoptaram, afinal são os que preenchem o meu horizonte dia após dia... Penso para mim às vezes baixinho, que se calhar, com muita sorte, ainda sou parente de alguma árvore; tão majestosas e serenas... quietas. Só não espantam é nada, a não ser pela beleza. Pela beleza que é óbvia, árvore, casa de ave, santuário da liberdade, do chilrear, palrar, tagarelar, ai amar o mundo com duas asas! E comigo não é assim. O meu nome é espantalho. Espantalho é nome que se tenha? O nome, supostamente, devia-nos identificar, fazer com que sejamos reconhecidos, respeitados. "Olha lá vai o espantalho!", digam lá,  se isto tem ponta por onde se lhe pegue? O meu nome é espantalho, sim, e tenho um saco de batatas a servir de camisola, uma fita de plástico no cabelo, um chapéu de palha pardacento, o meu corpo são duas tábuas de madeira cruzadas, tipo cruz (que apropriado), rígidas, ásperas, cheias de pregos que me fazem comichão, e a fita de plástico todo o dia "chhhhhhhhhhhh chhhhhh", a chiar a chiar, a afugentar tudo. E sendo assim, já nem profissão tenho. Uma fita de plástico, com menos de dez centímetros, faz melhor o meu trabalho. Espantar espantar espantar. Diz-se que se dissermos algo que queremos muito muito muito, alto e três vezes, concretiza-se mais rápido... Mas eu sou assim, um espantalho que não gosta de espantar, que não gosta do silêncio da tarde e da noite (ao amanhecer os pássaros acordam-me com música)... Que não gosta de estar vinte e quatro horas por dia parado, no mesmo sítio, sem poder mexer um dedo. Oh, mas sabem lá vocês de espantalhos. Os espantalhos sonham, e sorriem, e também se sentem tristes, apaixonados, com medo, os espantalhos também sentem! E mentem... Os espantalhos têm alma, ouviram? Ah, e sim esqueci-me de confirmar, os espantalhos também falam. Espantalhês, claro. Como correr atrás do que quero, se nem pernas tenho? Como querer abraçar alguém, se as minhas mãos são farripas e os meus braços têm pregos ferrugentos por todo o lado? Como amar? O mundo a vida as cores a correria a família... Queria ser como o baloiço e parar o tempo. Inclinar-me para trás e não cair. Esticar-me para a frente e tocar com a pontinha dos dedos dos pés no mar, depois no pôr-do-sol, depois no céu, depois nas nuvens...
O meu nome é espantalho e o meu sonho é viver.
I'll take care of you, take care of you, that's true...

Beach House Beach House Beach House (: