domingo, dezembro 13, 2009

Descalça


As minhas voltas são o que são.
São um esburacar de horizontes
Mergulhar para trás levianamente.
Nunca foram raízes de um chão
E elas esculpem as minhas camadas
São elas que desenham as minhas estradas.
Não nos damos bem,
São complicadas estas relações
Quando já nada se tem
E sobram os raros sopros
De passadas sensações.
De cada vez que se esquece,
Após menos de 24 horas
Eu esqueço o sabor do tacto,
De como andar descalça
Me faz saborear a leveza.
Fugir para Lisboa parece-me um bom plano
Abraço num sorriso dentro de um olhar.
E porque não irmos por aí,
Contrariar as voltas
Que me fazem tropeçar...?
Já chega.
Quero amanhecer.

Sem comentários:

Enviar um comentário