terça-feira, novembro 10, 2009

Umas castanhas, por favor.



"Não és tu que pagas os meus vícios. Nem a minha mãe, nem o meu pai."

Nem tu os devias pagar.

O cheiro a castanhas entornou-se sobre a rua e sobre os casacos das pessoas que por ali fingiam caminhar.
Tal e qual
Juro-te que era um carrossel
As mãos já não tinham mais por onde agarrar
O céu aguarela.
E eu bem digo
Fica.
Mas as somas já eram menos que as subtracções
E quando assim somos
Dá-se tudo por nada
Mete-se as mãos pela goela.
E eu bem te disse
Distraí-te.
E a raiz quadrada da felicidade
Ficou por se saber
Como dois corpos se unem por linhas invisíveis,
Foi-se o vento ficou o chão
O alento.
O comboio não esperou.
É que não os devias pagar
Só porque a estação mudou só porque...sei lá!!

A do desenho tem 7 notas musicais
Certinhas, fora da pauta.
As castanhas embrulhadas pelo jornal
Pousadas no meu colo
E eu, pousada no teu ombro
Sendo Ana e mais nada
Mas onde é que tu já vais...
E os olhos verdes lá se perderam e confundiram
No meio daquela multidão.



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