sábado, novembro 28, 2009

3,4


Sonha, que o sonho é como um balão a que te podes agarrar.
O vento sacudiu-te, olhar desgrenhado
E as chaves de um portão no bolso de trás.
Amplitudes ângulos e finitudes
Para lá de 27 mesas vazias
Mais, uma janela desvairada.
O que foste antes do vento te sacudir?
Vêm comboios de Norte
E frases que não têm lugar na gramática,
Caminhos de ferro, como diria o outro,
Inutilizáveis.
Se esses passos são o que são
Se é essa a marca que deixo no chão,
Apaga o candeeiro que é quase Janeiro
E faz vento, lá fora.

1 comentário:

  1. o que fazemos nós além de sonhar? o que fazemos nós além de nos agarrarmos a balões que voam, que nos fazem levitar?

    (ela nunca vai embora, pelo menos de ti, mesmo quando o vento te sacode lá de longe. e não há 27 mesas vazias, há 27 mesas a preencher, minha pequenina, é só aprendermos a olhar uns para os outros)

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