sábado, junho 13, 2009

A ida

Vozes no sopro do entardecer.A agitação da multidão.
Linguagens notas sons verbos prestes a sucumbirem por entre as paredes.
E o desconhecido,imóvel.Ali à nossa espera.
Já se faz sentir,
Olhares vibrantes a cada pulsão espaçada
A lapiseira instintiva na mão descompassada,
Já se faz sentir a forma incrustada no espo que nos separa.

Cinco

segundos.

E
a pulsação acelera novamente e as vozes correm como sempre e a multidão segue sem direcção.
Fracção de segundo,
Aparentemente caminhamos,mas sei que corremos de o ofegante que o tempo é.
Não sinto as pernas, não sinto sequer o palavreado que seria acertado,
Os carros aceleram até ao semáforo indeciso,
O lixo esquecido no chão cria daas falantes mudas.
o olho para ti.Sei que ouves.
Ao virar a página,
Um voo picado de olhar apagado surge.Também parece correr.
Leve rotação do pensamento para a direita.
Todos os músculos desaceleram derrapando lentamente sobre o nada.
O espaço que cinco minutos nos separava,
Colide sem aviso.
Três bússolas desorientadas cruzam-se pela primeira vez.
Debaixo de luzes trémulas,no meio de barulho e de possibilidades,
Caminham sem mapa.
Sentindo apenas este instante,
Partem pela rua colorida agitada,
Vão somente,
Por aí,sem regresso
.

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