quinta-feira, setembro 17, 2009

Temporalidade&Finitude


Amachuco.
Volto a por a música
Levanto-me sento-me
Cruzo a perna
Levo as mãos ao cabelo...
Fecho a alma
E sinto-me lírica
Não muito calma
Mas transparente!!
Consciente??...
E as sombras
E o impulso
E a cadeira
Que baloiça, que treme
E o livro fervente
E o plástico queimado
Amachucado.
E as mãos no cabelo
Nos lábios,
E o olhar sozinho
E a tampa que perdeu a caneta
E reparar no calendário
Na agenda, no cenário!
Um susto!
O piano
Amachuco.
E o lápis que se fartou
E a viola intocável
Arrumada
Amachucada.
E o morder os lábios
Virar a cabeça para ambos os lados
E a saída que não tem entrada
E o cavalete estático
Montado
Amachucado.
E os cadernos em branco
E em branco os cadernos
E o não poder escrevê-los
E o não conseguir adivinhá-los
E os meus traços
Colados na mesa
E o não ter força
Para apagá-los
E a tela virada
E o sofá disfarçado
Amachucado.
E as conchas espalhadas
E as calças mal engomadas
E as molduras dobradas
...Amachucadas...


1 comentário:

  1. Eu estive naquela escola contigo... muitos dias... que valeram anos... valeram por uma vida...
    Não te esqueças de nada que construimos...
    Não te esqueças da pantera e do falcão...
    Ajuda o falcão no que for possivel, mas tbm mostralhe todas as nossas marcas do carrossel...
    Nós pintamos aí o carrossel... E agora esse lugar nunca mais voltará a ser o mesmo... mostralhe porque...
    Mas tu estas em primeiro lugar sereia, es especial...

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